Estudo mostra que maioria dos brasileiros não pretende frequentar locais de aglomeração no momento

A preocupação é maior em relação a bares e restaurantes e menor quanto a visitas a shopping centers, contanto que sejam adotadas medidas apropriadas de prevenção

Estudo mostra que maioria dos brasileiros não pretende frequentar locais de aglomeração no momento

Muitos dos estados brasileiros já flexibilizaram as medidas de isolamento social, reabrindo comércio, bares, restaurantes e até locais de lazer como praias, parques e salas culturais. Entretanto, levantamento prévio do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), pela Sondagem do Consumidor, mostra que a velocidade da reabertura não deve ser a mesma do ímpeto do brasileiro de frequentar locais com grande aglomeração: entre 54,5% e 80% declararam que não frequentariam em hipótese alguma bares e restaurantes, cinemas e teatros e shopping centers, nem viajariam de férias.

“Grande parte dos consumidores avalia que o ritmo de flexibilização está acima do que eles consideram apropriado. Enquanto uma vacina não estiver disponível, o medo de contaminação deve continuar provocando aversão a locais de grande aglomeração na maioria das capitais pesquisadas. Além disso, o período de maior restrição fez com que muitos consumidores perdessem seus empregos ou tivessem redução de sua renda. O medo do desemprego ou a demora para recuperar a renda média da família junto com um maior endividamento, mantém consumidores cautelosos, fazendo com que o ímpeto de compras de bens e serviços permaneça em patamar ainda muito baixo”, avaliou Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor do FGV IBRE.

Sobre ir a cinemas e teatros, 80% informaram que não iriam em hipótese alguma e 17,2% declararam que iriam se fossem tomadas medidas de prevenção adequadas. Com relação a frequentar bares e restaurantes, a maioria (64%) também disse que não iria em hipótese alguma, com 32,6% dos consumidores se dizendo preparados para frequentar com a adoção de medidas de prevenção. Números semelhantes à pergunta sobre a disposição de viajar de férias, de ônibus ou avião: 69,4% e 27,1%, respectivamente.

O resultado menos pessimista foi em relação aos shoppings centers, locais em que 54,5% não frequentariam em nenhuma hipótese, enquanto 40,9% iriam havendo medidas adequadas de prevenção à Covid-19.

Cariocas consideram ritmo de reabertura acelerado. Paulistanos avaliam como normal

Ainda segundo o levantamento, o maior percentual dos cariocas (37,9%) considerou muito rápido o ritmo de flexibilização das medidas de isolamento social. Outros 23,3% avaliaram o ritmo como rápido, 23,8% como normal, 10,1% como lento e 4,9% como muito lento.

Já os paulistanos, em sua maioria (31,7%), consideraram o retorno às atividades em ritmo normal, 27,7% consideram o ritmo muito rápido, seguido por 24,2% (rápido), 11,8% (lento) e 4,8% (muito lento). Na média nacional, 29,9% analisaram o ritmo como muito rápido, quase o mesmo percentual de consumidores (27,8%) que avaliaram como normal.

A pesquisa consultou 1500 consumidores de sete capitais (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Porto Alegre e Brasília), entre os dias 2 e 16 de julho, de diferentes faixas de renda.

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