Desde a instalação do primeiro governo Vargas em 1930, ela assumiu as funções de secretária, bibliotecária e arquivista do pai.
Alzira Vargas do Amaral Peixoto nasceu em São Borja (RS) em 1914, filha de Getúlio Dornelles Vargas, que viria a ser presidente da República, e de Darcy Sarmanho Vargas. Bacharel em 1937, pela Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro, foi oficialmente nomeada por Getúlio Vargas auxiliar de gabinete, passando a integrar o Gabinete Civil da Presidência da República até 1945.
Desde a instalação do primeiro governo Vargas em 1930, ela assumiu as funções de secretária, bibliotecária e arquivista do pai. Atuou sempre como sua interlocutora e confidente, garantindo ampla circulação entre políticos, partidários e oposicionistas, do presidente em seus dois períodos de governo – de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954.
De 1946 a 1950, Getúlio no Rio Grande do Sul e ela no Rio de Janeiro articularam a volta ao poder. Exerceu papel relevante na crise político-militar de 1954 que culminou com o suicídio do presidente Vargas naquele ano.
Tornou-se primeira-dama fluminense nos dois períodos de governo (1939-1945 e 1951-1955) de Ernani do Amaral Peixoto, com quem se casou em 1939.
Publicou em 1960 o livro Getúlio Vargas, meu pai e após esse período assumiu as presidências da Fundação Darcy Vargas e da Casa do Pequeno Jornaleiro entre 1968 e 1992.
Alzira foi considerada guardiã da memória dos arquivos pessoais do pai, do marido e dela própria. Esses arquivos, antes de serem doados ao CPDOC, foram preservados em sua residência, onde eram consultados por pesquisadores brasileiros e estrangeiros sob seu olhar atento.
Esta matéria fecha a série especial Mulheres do Acervo iniciada no Dia Internacional da Mulher.
Veja as outras publicações da série:
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Fonte: portal.fgv.br