IGP-DI sobe 1,50% em fevereiro de 2022

Com este resultado, o índice acumula alta de 3,55% no ano e 15,35% em 12 meses. Em fevereiro de 2021, o índice havia subido 2,71% e acumulava elevação de 29,95% em 12 meses.

IGP-DI sobe 1,50% em fevereiro de 2022

Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) subiu 1,50% em fevereiro, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando variara 2,01%. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,55% no ano e 15,35% em 12 meses. Em fevereiro de 2021, o índice havia subido 2,71% e acumulava elevação de 29,95% em 12 meses.

“Os efeitos da recente escalada do preço do petróleo ainda não se materializaram entre os combustíveis, cujos preços são controlados, ou mesmo sobre a indústria química. Além disso, o preço do minério de ferro (de 11,33% para -0,10%) cedeu e permitiu a desaceleração da taxa do IPA. Ao longo do mês de março, os preços de vários derivados do petróleo devem apresentar aumentos impondo maior dificuldade a desaceleração do IGP”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 1,94% em fevereiro. No mês anterior, o índice havia apresentado alta de 2,57%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,92% em janeiro para 1,73% em fevereiro. O principal responsável por este avanço foram os alimentos in natura, cuja taxa passou de -0,12% para 13,03%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,91% em fevereiro, contra 1,01% em janeiro.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 2,13% em janeiro para 1,31% em fevereiro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo suprimentos, cuja taxa passou de 3,97% para -2,58%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,42% em fevereiro, após subir 1,98% no mês anterior.

O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 2,76% em fevereiro, ante 4,42% em janeiro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: soja em grão (5,55% para 10,16%), suínos (-15,85% para 0,79%) e aves (-3,82% para 0,39%). Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (11,33% para -0,10%), milho em grão (8,40% para 4,92%) e bovinos (1,78% para -0,75%).

 Índice de Preços ao Consumidor (IPC) 

Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,28% em fevereiro, contra 0,49% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Educação, Leitura e Recreação (1,64% para -0,51%), Vestuário (0,76% para 0,33%), Comunicação (0,53% para 0,08%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,03% para -0,12%) e Despesas Diversas (0,20% para 0,08%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: cursos formais (6,47% para 0,00%), calçados (1,03% para 0,21%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,88% para 0,18%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,44% para -0,50%) e conselho e associação de classe (2,14% para 0,68%).

Em contrapartida, os grupos Habitação (0,13% para 0,33%),  Alimentação (1,15% para 1,20%) e Transportes (0,04% para 0,07%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: tarifa de eletricidade residencial  (-1,76% para -0,73%), arroz e feijão (-1,24% para 0,58%) e licenciamento – IPVA (1,63% para 3,83%).

Núcleo do IPC e Índice de Difusão

O núcleo do IPC registrou taxa de 0,56% em fevereiro, ante 0,62% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 34 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 24 apresentaram taxas abaixo de 0,17%, linha de corte inferior, e 10 registraram variações acima de 1,30%, linha de corte superior. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, ficou em 73,87%, 2,26 pontos percentuais acima do registrado em janeiro, quando o índice foi de 71,61%.

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) 

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,38% em fevereiro, ante 0,71% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (1,08% para 0,28%), Serviços (1,39% para 1,66%) e Mão de Obra (0,26% para 0,25%).

O que é o IGP-DI?

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getulio Vargas (FGV), é um indicador do movimento de preços que há mais de seis décadas serve às comunidades econômicas nacional e internacional como termômetro de inflação no Brasil. 

Para que serve?

O IGP-DI está estruturado para captar o movimento geral de preços através de pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente, durante o mês calendário, isto é, do primeiro ao último dia do mês de referência. Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários até os de bens e serviços finais. 

Como é utilizado?

Do ponto de vista da utilização, o propósito inicial do IGP era indicar as fases do ciclo econômico, deflacionando a antiga série de evolução dos negócios. Mais adiante, o IGP-DI teve seu papel de deflator estendido às Contas Nacionais. Com a introdução da correção monetária no Brasil, em 1964, intensificou-se a utilização desse índice em diferentes operações financeiras, especialmente reajustes contratuais.

 Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. O IGP-DI também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. É natural, portanto, que haja por parte dos usuários o interesse em conhecer, em profundidade, os aspectos relacionados à metodologia de cálculo deste índice.

Como é calculado?

Quando da inclusão do ICC no cálculo do IGP-DI, convencionou-se que os pesos de cada índice componente corresponderiam a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais. Daí resultou a seguinte distribuição: 60% para o IPA, 30% para o IPC e 10% para o ICC (INCC).

 A escolha destes pesos tem a seguinte explicação:

a) Os 60% representados pelo IPA-DI equivalem ao valor adicionado pela produção de bens agropecuários e industriais, nas transações comerciais em nível de produtor;

b) Os 30% de participação do IPC-DI equivalem ao valor adicionado pelo setor varejista e pelos serviços de consumo;

c) Quanto aos 10% complementares, representados pelo INCC-DI, equivalem ao valor adicionado pela indústria da construção civil.

Diferença entre IGP-DI, IGP-M e IGP-10

O IGP-DI é uma das denominações do IGP. O que muda entre o IGP-DI, o IGP-10 e o IGP-M (e suas prévias) é o período de apuração do índice.

• IGP–M, pesquisado entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência;
• IGP–10, entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência;
• IGP–DI, entre o 1º e o último dia do mês de referência;

O estudo completo está disponível no site.

Acesse aqui o material complementar

Fonte: portal.fgv.br

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