IGP-M sobe 1,92% na 1ª prévia de fevereiro

No primeiro decêndio de janeiro, este índice havia registrado taxa de 1,89%. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 24,87% para 28,17%

IGP-M sobe 1,92% na 1ª prévia de fevereiro

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,92% no primeiro decêndio  de fevereiro. No primeiro decêndio de janeiro, este índice havia registrado taxa de 1,89%. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 24,87% para 28,17%.

“O Índice de Preços ao Produtor (IPA), indicador que exerce a maior influência sobre o IGP, segue em aceleração refletindo os aumentos registrados nos preços de commodities agrícolas e industriais. Tais pressões inflacionárias estão alimentando repasses pela cadeia produtiva. A variação de bens intermediários acelerou quase um ponto percentual em comparação ao mês passado, subindo de 1,38% para 2,34%. O comportamento dos preços da soja (-5,17% para 5,78%) e do farelo de soja (-5,16% para 4,23%) ilustram os repasses observados pela cadeia produtiva”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,54% no primeiro decêndio de fevereiro. No mesmo período do mês de janeiro, o índice subira 2,42%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram 0,21% em fevereiro, após subir 1,04% em janeiro. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,01% para -2,81%. O índice correspondente aos Bens Intermediários passou de 1,38% no primeiro decêndio de janeiro para 2,34% no primeiro decêndio de fevereiro. Este avanço foi influenciado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,33% para 2,24%.

A taxa do índice referente as Matérias-Primas Brutas passou de 4,36% no primeiro decêndio de janeiro para 4,45% no primeiro decêndio de fevereiro. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: soja em grão (-5,17% para 5,78%), bovinos (-4,16% para 8,03%) e milho em grão (-3,18% para 5,71%). Em sentido oposto, vale citar minério de ferro (23,45% para 5,74%), leite in natura (2,84% para 0,12%) e suínos (-3,58% para -10,49%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,38% no primeiro decêndio de janeiro para 0,19% no primeiro decêndio de fevereiro. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Habitação (1,06% para -0,21%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa passou de 3,40% para -2,48%. Também foram computados decréscimos nas taxas de variação dos grupos Alimentação (0,97% para -0,04%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,44% para -0,20%) e Vestuário (1,31% para -0,08%). Estas classes de despesa foram influenciadas pelos itens hortaliças e legumes (3,45% para -2,45%), artigos de higiene e cuidado pessoal (1,19% para -1,29%) e roupas (1,26% para -0,05%).

Em contrapartida, os grupos, Educação, Leitura e Recreação (-2,99% para 0,91%), Transportes (0,60% para 0,96%), Despesas Diversas (0,05% para 0,29%) e Comunicação (-0,07% para 0,02%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens: passagem aérea (-23,32% para -3,09%), gasolina (0,86% para 2,88%), serviço religioso e funerário (-0,02% para 0,78%) e mensalidade para TV por assinatura (-0,31% para 0,00%).

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,60% no primeiro decêndio de fevereiro, taxa inferior a apurada no mês anterior, quando o índice havia sido de 0,94%. Os três componentes do INCC registraram as seguintes taxas da variação na passagem do primeiro decêndio de janeiro para o primeiro decêndio de fevereiro: Materiais e Equipamentos (1,66% para 1,23%), Serviços (0,06% para 0,71%) e Mão de Obra (0,53% para 0,08%).

Acesse o Material complementar

O estudo completo está disponível no site.

Sobre o IGP-M

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O indicador foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.

O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o Índice Geral de Preços – Mercado, ou simplesmente IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.

O IGP-M é utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.

Calendário de divulgação 2021:

  • – Janeiro: 28/01
  • – Fevereiro: 25/02
  • – Março: 30/03
  • – Abril: 29/04

*O calendário completo para 2021 será divulgado em breve

Resultados anos anteriores:

Como o IGP-M é calculado:

O cálculo do IGP-M, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Dessa forma, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).

  • – Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
  • – Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
  • – Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:

  • – 60% para o IPA;
  • – 30% para o IPC;
  • – 10% para o INCC;

Nesse contexto, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. Por fim, o INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.

Como o IGP-M é utilizado:

IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral de Preços – Mercado também é utilizado como o indexador de contratos de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel.

Por seu histórico regular de divulgação desde a década de 1940, o IGP-M também é citado em vários contratos público-privados dos mais variados segmentos. Alguns de seus componentes, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também servem de referência para reajustes de preços.

Fonte: portal.fgv.br

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