IGP-M sobe 4,41% na 1ª prévia de setembro

IGP-M sobe 4,41% na 1ª prévia de setembro

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 4,41% no primeiro decêndio de setembro. No primeiro decêndio de agosto, este índice havia registrado taxa de 1,46%. Com este resultado, a taxa em 12 meses passou de 11,61% para 18,01%.

“Nesta edição, a principal contribuição para aceleração do IGP-M partiu do IPA, cuja taxa passou de 1,85% para 6,14%, sendo este o maior resultado desde julho de 1994, quando o índice subira 17,95%. A principal fonte de pressão no índice ao produtor partiu dos preços das matérias-primas brutas que avançaram 11,37% sob influência das altas captadas para o minério de ferro (20,08%) e para a soja (11,48%)”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 6,14% no primeiro decêndio de setembro. No mesmo período do mês de agosto, o índice subira 1,85%. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais subiram 2,70% em setembro, após variar 0,90% em agosto. A principal contribuição para este movimento partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de 1,92% para 6,01%. O índice correspondente aos Bens Intermediários passou de 2,30% no primeiro decêndio de agosto para 3,57% no primeiro decêndio de setembro. Este avanço foi influenciado pelo subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 1,72% para 3,07%.

A taxa do índice referente as Matérias-Primas Brutas passou de 2,32% no primeiro decêndio de agosto para 11,37% no primeiro decêndio de setembro. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (1,73% para 20,08%), soja em grão (2,83% para 11,48%) e milho em grão (2,36% para 13,49%). Em sentido oposto, vale citar cana-de-açúcar (3,05% para 1,64%), suínos (21,43% para 10,96%) e laranja (6,24% para 1,14%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou de 0,32% no primeiro decêndio de agosto para 0,35% no primeiro decêndio de setembro. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação (-0,93% para 0,40%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item passagem aérea, cuja taxa passou de -8,50% para 6,74%.

Também foi computado acréscimo na taxa de variação do grupo Habitação (0,29% para 0,37%). Nesta classe de despesa, a maior contribuição partiu do item condomínio residencial, cuja taxa passou de 0,09% para 0,63%.

Em contrapartida, os grupos Transportes (0,92% para 0,76%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,54% para 0,29%), Comunicação (0,41% para 0,01%), Vestuário (-0,81% para -1,10%), Despesas Diversas (0,19% para 0,17%) e Alimentação (0,43% para 0,42%) registraram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens: automóvel novo (1,21% para 0,35%), medicamentos em geral (0,53% para -0,05%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,90% para 0,00%), roupas (-0,83% para -0,94%), conserto de bicicleta (2,54% para 0,75%) e refeições em bares e restaurantes (1,28% para -0,15%).

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,88% no primeiro decêndio de setembro, taxa inferior a apurada no mês anterior, quando o índice havia sido de 1,26%. Os três componentes do INCC registraram as seguintes taxas da variação na passagem do primeiro decêndio de agosto para o primeiro decêndio de setembro: Materiais e Equipamentos (1,41% para 2,17%), Serviços (0,18% para 0,14%) e Mão de Obra (1,35% para 0,12%).

O estudo completo está disponível no site.

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Resultados anteriores:

Sobre o IGP-M:

Índice Geral de Preços (IGP) foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.

O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o Índice Geral de Preços – Mercado, ou simplesmente IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.

O IGP-M é calculado e divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) e utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.

Como o IGP-M é calculado:

O cálculo do IGP-M, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Dessa forma, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).

  • – Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
  • – Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
  • – Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:

  • – 60% para o IPA;
  • – 30% para o IPC;
  • – 10% para o INCC;

Nesse contexto, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. Por fim, o INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.

Como o IGP-M é utilizado:

IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral de Preços – Mercado também é utilizado como o indexador de contratos de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel.

Por seu histórico regular de divulgação desde a década de 1940, o IGP-M também é citado em vários contratos público-privados dos mais variados segmentos. Alguns de seus componentes, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também servem de referência para reajustes de preços. 

Fonte: portal.fgv.br

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