IGP-M varia 1,51% em abril de 2021

Com este resultado o índice acumula alta de 9,89% no ano e de 32,02% em 12 meses. Em abril de 2020, o índice havia subido 0,80% e acumulava alta de 6,68% em 12 meses

IGP-M varia 1,51% em abril de 2021

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M)  variou 1,51% em abril, aponta o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). Com este resultado o índice acumula alta de 9,89% no ano e de 32,02% em 12 meses. Em abril de 2020, o índice havia subido 0,80% e acumulava alta de 6,68% em 12 meses.

“Todos os índices componentes do IGP-M recuaram em abril. A desaceleração da taxa de variação dos combustíveis orientou o recuo da inflação ao produtor e ao consumidor. Apesar disso, a variação do IGP-M avançou mais em 12 meses, tendência que deve continuar até o próximo mês, dado que o IGP-M havia subido apenas 0,28% em maio de 2020”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.

Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 1,84% em abril, ante 3,56% em março. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 1,11% em abril. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de 2,50%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 18,64% para -1,08%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 1,83% em abril, ante 1,28% no mês anterior.

A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 6,33% em março para 3,16% em abril. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de 18,33% para 5,08%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, subiu 2,86% em abril, contra 4,65% em março.

O estágio das Matérias-Primas Brutas variou 1,28% em abril, após subir 2,11% em março. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (2,68% para -1,23%), café em grão (9,07% para -0,50%) e suínos (4,94% para -10,48%). Em sentido oposto, destacam-se os itens milho em grão (2,66% para 8,70%), leite in natura (-3,03% para 2,08%) e bovinos (1,40% para 3,09%).

Índice de Preços ao Consumidor (IPC)

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,44% em abril, ante 0,98% em março. Quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (3,97% para 1,03%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 11,33% em março para 3,03% em abril. 

Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,02% para -0,76%), Habitação (0,53% para 0,39%) e Vestuário (0,18% para -0,03%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: passagem aérea (0,10% para -6,57%), gás de bujão (4,23% para 2,76%) e acessórios do vestuário (1,34% para -0,09%).

Em contrapartida, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (0,41% para 0,99%), Comunicação (-0,10% para 0,36%), Alimentação (0,10% para 0,19%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,37%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacam-se os seguintes itens: medicamentos em geral (-0,11% para 1,68%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (-0,13% para 0,72%), laticínios (-1,51% para 1,00%) e serviço bancários (0,05% para 0,36%).

Índice Nacional de Custo da Construção (INCC)

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,95% em abril, ante 2,00% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (4,44% para 2,17%), Serviços (0,69% para 0,52%) e Mão de Obra (0,28% para 0,01%).

O estudo completo está disponível no site.

Acesse o material complementar

Resultados anteriores:

O que é o IGP-M?

Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE). O indicador foi concebido no final dos anos de 1940 para ser uma medida abrangente do movimento de preços, que englobasse não apenas diferentes atividades como também etapas distintas do processo produtivo. Dessa forma, o IGP é um indicador mensal do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores.

O IGP possui três versões com coleta de preços encadeada: o IGP-10 (com base nos preços apurados dos dias 11 do mês anterior ao dia 10 do mês da coleta), IGP-DI (de 1 a 30) e o mais popular deles, o Índice Geral de Preços – Mercado, ou simplesmente IGP-M, que apura informações sobre a variação de preços do dia 21 do mês anterior ao dia 20 do mês de coleta.

O IGP-M é utilizado amplamente na fórmula paramétrica de reajuste de tarifas públicas (energia e telefonia), em contratos de aluguéis e em contratos de prestação de serviços.

Calendário de divulgação 2021:

Resultados anos anteriores:

Como o IGP-M é calculado?

O cálculo do IGP-M, assim como os outros dois indicadores (IGP-10 e IGP-DI), tem em conta a variação de preços de bens e serviços, bem como de matérias-primas utilizadas na produção agrícola, industrial e construção civil. Dessa forma, o resultado do IGP-M é a média aritmética ponderada da inflação ao produtor (IPA), consumidor (IPC) e construção civil (INCC).

  • – Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA);
  • – Índice de Preços ao Consumidor (IPC);
  • – Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).

Os pesos de cada um dos índices componentes correspondem a parcelas da despesa interna bruta, calculadas com base nas Contas Nacionais – resultando na seguinte distribuição:

  • – 60% para o IPA;
  • – 30% para o IPC;
  • – 10% para o INCC;

Nesse contexto, o IPA é o indicador que monitora a variação de preços percebidos por produtores, ao passo que o IPC acompanha o comportamento dos preços que impactam diretamente o consumidor final. Por fim, o INCC apresenta os custos para a construção civil, em uma análise que leva em conta a variação de preços de materiais de construção e custo de mão de obra especializada.

Como o IGP-M é utilizado?

IGP-M é um dos índices componentes de fórmulas paramétricas utilizadas por empresas de telefonia e de energia elétrica, respondendo parcialmente pelos reajustes tarifários desses segmentos. O Índice Geral de Preços – Mercado também é utilizado como o indexador de contratos de empresas prestadoras de serviço de diversas categorias, como educação e planos de saúde. Além disso, o IGP-M se popularizou por ser amplamente utilizado como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel.

Por seu histórico regular de divulgação desde a década de 1940, o IGP-M também é citado em vários contratos público-privados dos mais variados segmentos. Alguns de seus componentes, como o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), também servem de referência para reajustes de preços.

Fonte: portal.fgv.br

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